PROJETO OFICINAS DO FORTE
Por Pedro Garcia
A referência ao Homem como um quinto elemento, o “éter”, uma espécie de “essência transformadora”, em face aos outros quatro elementos, terra, água, ar e fogo, tem sido um conceito trabalhado pelo cenógrafo Haroldo Garay em suas oficinas de adereços cênicos há mais de dez anos.
O trabalho com materiais recicláveis e disponíveis facilmente no nosso cotidiano oferece também a possibilidade de otimização dos adereços cênicos quando eles servem de ponte para unir consciência ambiental e teatro. O resultado vantajoso disso são garrafas de azeite oliva que se transformam em belos adereços de cena produzidos a partir de cola branca, pó de serra e tintas e pigmentos especiais. Através do uso de resinas e tinturas específicas, de origem orgânica, obtêm-se texturas diferenciadas que aprimoram bastante o rigor estético dos adereços usados para teatro e cinema.
Além de abrir janelas para as pessoas batalharem pelo que desejam fazer, dando oportunidade a quem nem tem acesso ao teatro, Garay acredita que o resultado dessas oficinas é gratificante quando desperta na cabeça do indivíduo a curiosidade de estar mais próximo desse poder transformador da arte. “Eu parto do princípio de que se eu não perceber qual a minha contribuição para melhorar o ambiente onde eu vivo, do que está me valendo viver”?
Para mim foi muito gratificante esta reunida com todos aprendendo novas técnicas e possibilidade de criação para cenografia e adereços cênicos.
ResponderExcluirAcho que nós da classe artística devemos nos voltar para a valorização e participação destas oficinas quando oferecidas. Vale muito à pena.
Parabéns a Haroldo e Deuy pela iniciativa e a todos os participantes.
Indaiá Oliveira.